Sunday, November 09, 2008

Perda de mim

Mais uma folha rasgada. O silêncio paira à minha volta, como humidade fria e pesada. Não há qualquer som neste local abandonado, nem um riso, nem um choro, nem o vento a passar entre as folhas.
Não há palavras que brotem da terra seca e a vida que crepita à superfície não penetra até aqui.

Neguei, rejeitei, e só quando partiste senti a verdadeira perda. Quando partiste... a minha alma calou-se... Fechou-se... Não sei quem sou, o que sou, por que sou. Foste e levaste contigo a minha poesia; o meu caminho é-me indistinto.
Neste completo torpor, apenas espero poder ouvir a chuva cair e descobrir que não me é indiferente... E sentir que me abraça e me aquece e me limpa.
Pois tudo o que mais quero é sentir-te meu de novo, lembrando-me enfim que o meu coração também bate, também chora, também ama.

16 Comments:

Anonymous Anonymous whispered...

Falas de uma pessoa em concreto?

10:04 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

em concreto, falas de uma pessoa? :P:P:P sou memo palhacinho:PP


adro-te miuda! (n m escapas a uma conversinha nao:P)

11:18 PM  
Blogger Joana whispered...

Sr(a). Anónimo(a): Sim.

11:30 PM  
Blogger ClaroAzul whispered...

As palavras geram poesia, a poesia reflecte sentimentos. E que mais é a vida senão isso mesmo? Parabéns pelos excelsos cruzamentos. Feliz Natal!
Visita: www.flickr.com/photos/claroazul/

7:44 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

divulgas o nome ?

2:59 AM  
Anonymous Anonymous whispered...

Longe, inalcançávelmente longe. É assim que pressinto a coisa que mais procuro, é assim que a ouço e delicio-me a imaginar alcançá-la.
Profunda, profundamente escondida. Assim encontra-se ela, nas entranhas de uma imensidão de coisas amorfas e sem sentido, e que me saparam daquilo que mais quero ter.
Distante, muita distância nos separa., muito nos repele, apesar da minha incesante procura.
Procuro, procuro e nao te vejo. É tão complicado o caminho para chegar a ti. Perco-me nas ruelas escuras determinadas por coisas inconstantes. Que nos separa afinal? Porque nunca te encontro?
Como te poderia encontrar se passas a vida sempre atrás de mim, à espera que eu para e me deixe ser apanhado.
Deixa-me parar ó tu que não adormeces!
Desliga-te do coração e deixa que ele nos guie, pois ele sabe que as coisas inconstantes são tuas, és tu ó mente traidora, que as pões no meu caminho. És tu que crias os labirintos nas planícies infinitas do meu ser.
Afinal, para quê pensar o que já está pensado e continuar a fugir à felicidade, quando na verdade, ela está mesmo atrás de nós...

by: ***

um dia saberás quem......... ou não

8:54 PM  
Blogger Joana whispered...

......Ou sim :)

É claro que em público (aqui, portanto) não divulgo nomes nenhuns. E cheira-me que tu sabes disso. De qualquer forma, também me cheira que sabes perfeitamente como chegar até mim de forma mais privada do que os comentários no meu blog... Era importante para mim que o fizesses. E talvez para ti também. :)
Fico à espera.

10:39 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

humidade fria e pesada.

5:53 AM  
Blogger Joana whispered...

É assim o silêncio, e não é nada agradável.

8:03 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

por vezes ate é bastante agradavel o silencio...principalmente quando temos alguem ao nosso lado k n sabe mesmo cantar mas insiste em faze-lo :P:PP:P

8:15 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

No prinípio tudo era belo. O céu era azul, o mar brilhava de vida, o silêncio era saudável.
Hoje já não é a mesma coisa. O céu escureceu, o mar adormeceu, o silêncio soa a morte.
Desde daquele dia, o mundo fechou-me as portas e desisti de procurar uma saída. Não me apetece. Não tenho pachourra para viver mais. Fartei-me, foi isso, fartei-me.
Se ao menos ela estivesse aqui. Se ela estivesse aqui eu não me tinha cansado. A vida cansa e dá poucas recompensas. Acho que viver já não compensa. Sim, hoje já não compensa viver, ir atrás das coisas, ... Derrepente tudo cai. Perdemos o que mais queremos.
Porquê?!!!! Porque é que a vida tira aquilo que nos deu. Aquilo que aprendemos a estimar.
Antes não ter. Antes não saber que existe. Ao menos assim nao sofria tanto a falta dela.


by anónimo II, autor do 6º comentário

2:04 AM  
Anonymous Anonymous whispered...

Olá Drª Gato!!!
A conversa está animada por cá!!!
Vá, não tenha vergonha de se exprimir aos seus "comentadores".
Ahahah

1:53 AM  
Anonymous Anonymous whispered...

Medo....
O pior dos estados

2:36 AM  
Anonymous Anonymous whispered...

Como estamos numa de deixar textos bonitos e que levam a reflectir; como a minha querida companheira de "baboseiras" não têm escrito nada de novo; e como prometi que deixava aqui uma "coisita", não de minha autoria, mas que considero muito adequada; aqui vai o meu elogio:

"Não se nasce escritor mas renasce-se quando se o é. Íntimo das coisas, desejado com palavras. Marcam os incontados dos mundos no seu quê afuturado de paixão. E na humildade lugareja de o dizer a beleza emparceira, tacteia, segreda. Porque a escrita é razão de ver e a obra amor de ser.", by Jerónimo Nogueira

11:54 PM  
Blogger J Rebelo da Silva whispered...

The embearable sorrow of having no new texts to comment, now that I know you as a living non fictitious person made me write you this.

Please don't forget us. We won't forget you.

Waiting for more texts.

Sorry I write that in English. I was reading some sort of biochemistry textbook, by Devlin, and felt influenced.

10:28 PM  
Anonymous Anonymous whispered...

Infelizmente, é o que acontece muitas vezes... Só quando as coisas se vão é que nos apercebemos do que realmente significavam. Mas tudo se resolve, sempre :) Gosto destes teus textos pequeninos, são apetitosos! Apetece-me comer as palavras.

12:35 PM  

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