Desafogo
Ela acorda de repende, a meio da noite, num abrir dos seus olhos grandes. Pé ante pé, sem fazer barulho, regressa àquele lugar de outrora.
É que... o meu peito está cheio! E bate forte, parece preso, está tão cheio que não tem mais por onde expandir! E a respiração é acelerada, sem limite, prestes a desmaiar, mas está tão cheio...!
Foi apenas um sopro... Uma imagem rápida... Não sei o que foi. Se eu pudesse gravar o meu pensamento, tudo saíria tão perfeito agora, tudo ao mesmo tempo, palavras atropeladas, exactamente como o senti!
O coração batia-lhe realmente no peito e hiperventilava mesmo, os olhos húmidos da emoção que pulsava, qual energia viva! Assim mesmo, naquele lugar, explodiu, literalmente, em milhões de douradas e alongadas pétalas, esvoaçando em todas as direcções, ofuscada pela visão turva de uma luz que a encandeava até as pupilas ficarem tão pequeninas que nem se viam!...
A respiração soltou-se subitamente, como se tivesse passado anos a lutar contra uma água que a afogava e finalmente atingia a superfície, surgindo do mar até à cintura, inspirando o ar salgado em volta, enfim sem esforço!...
Era Vida dentro dela, era Luz! Era Amor que cheirava a flores, mar e terra molhada...!
Tudo por um pequeno sopro...
Não sei se ainda cá estás... Mas passaste... e eu senti-te.
É que... o meu peito está cheio! E bate forte, parece preso, está tão cheio que não tem mais por onde expandir! E a respiração é acelerada, sem limite, prestes a desmaiar, mas está tão cheio...!
Foi apenas um sopro... Uma imagem rápida... Não sei o que foi. Se eu pudesse gravar o meu pensamento, tudo saíria tão perfeito agora, tudo ao mesmo tempo, palavras atropeladas, exactamente como o senti!
O coração batia-lhe realmente no peito e hiperventilava mesmo, os olhos húmidos da emoção que pulsava, qual energia viva! Assim mesmo, naquele lugar, explodiu, literalmente, em milhões de douradas e alongadas pétalas, esvoaçando em todas as direcções, ofuscada pela visão turva de uma luz que a encandeava até as pupilas ficarem tão pequeninas que nem se viam!...
A respiração soltou-se subitamente, como se tivesse passado anos a lutar contra uma água que a afogava e finalmente atingia a superfície, surgindo do mar até à cintura, inspirando o ar salgado em volta, enfim sem esforço!...
Era Vida dentro dela, era Luz! Era Amor que cheirava a flores, mar e terra molhada...!
Tudo por um pequeno sopro...
Não sei se ainda cá estás... Mas passaste... e eu senti-te.
2 Comments:
só para dizer que já li este texto...
uma coisa tenho de realçar, é a capacidade de descrever emoções, não só atraves de palavras mas inclusive da pontuação que usas. transmites as emoções com uma eficácia brutal... o que, associado a um enredo fará de ti uma best-seller (brincando, né)
Gostei da mudança de pessoa durante o texto, a junção entre o "eu" e o "ela", tornando-se uma mesma alma.
Ah, adorei aquela frase "Era Amor que cheirava a flores, mar e terra molhada...!" Mar e terra molhada, que coisinha perfeita!
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