Ecos de consciência

Porque viras o teu rosto? Porque o escondes? Num simples gesto a luz reflecte-se numa lágrima escorregando dificilmente na pele. Lágrima de dúvida, medo e um coração quebrado que teima em gelar...
Porque não te levantas e enfrentas o pavor? O que estás a fazer contigo e com ele?! Porquê...? Sempre quiseste alguém que te amasse, sonhaste com velas, flores e romantismo... E agora?! Agora estás a deitar tudo para o lixo!
Pérfida e vil criatura... Porque és tão fria...? Nada faz sentido, insensível ser... Tudo a perder por um sofrimento que não existe mais... Gelada...! O que é preciso para derreter a calote de medo que te envolve? Para rebentar as correntes de agonia que te prendem ao chão dorido na escuridão?
Levanta-te cobarde! O que é que queres mais?! Fria... Gelada...

Aninhada nos braços do negrume e o teu coração esgotado pede para bater uma vez mais... Por favor... Mas está dormente, pobre coração, não sente mais nada... nem dor... nem amor... Oh amor...
Ah! Alguém te ajude nesta derradeira hora, na tua escolha, amor... Alguém... tu... Amor...